Era uma vez….
Esta história tem o seu início nos Alpes Suiços, no longínquo seculo XVIII. Foi nesta época que, devido ao seu olfato apurado, capacidade de resistência ao frio e sentido de orientação, os cães da raça de São Bernardo se tornaram companheiros inseparáveis dos monges que habitavam no passo de São Bernardo (entre a Suiça e a Itália). Estes canídeos eram utilizados em missões de resgate que aconteciam depois de fortes tempestades de neve. Comparando com os cães de São Bernardo que conhecemos atualmente, eram cães mais pequenos, de pelo curto e apresentavam uma cauda mais comprida.
Patudos Salva Vidas
Com o passar do tempo, os cães de São Bernardo foram ficando cada vez mais eficazes nas missões de busca e salvamento. Eram enviados em grupos de 2 ou 3 patudos, que percorriam a montanha, escavando a neve à procura de viajantes. Assim que encontravam um individuo, um dos canídeos deitava-se junto do ferido para lhe proporcionar calor, enquanto que o outro voltava até à civilização para avisar os monges que era necessário ajuda.
Este esquema funcionava tão bem que, reza a lenda que, quando Napoleão atravessou esta região com 250 mil soldados, nenhum perdeu a vida.
O mais famoso
Bem antes do divertido Beethoveen invadir as nossas televisões, houve um cão de São Bernardo de nome Bary que viveu com os monges durante os anos de 1800 a 1812 e que conseguiu salvar a vida a 40 seres humanos. No museu de historial natural de Berna (Suiça) existe uma merecida homenagem a este patudo.
São Bernardos do seculo XXI
Atualmente, os São Bernardo são patudos bem dispostos e pachorrentos, que preferem aproveitar o lado bom da vida. A variante de pelo comprimido que é mais vulgar nos dias que correm teve origem num cruzamento com o cão da Terra Nova.
Se gosta de cães de porte gigante, o cão de São Bernardo pode ser o seu próximo melhor amigo! 🙂
Sara Alves
Médica Veterinária de Animais de Companhia
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