Alimentação do Dogo Argentino

A alimentação do Dogo Argentino tem algumas características individuais. Conheça as particularidades desta raça em termos nutricionais.

Os exemplares desta raça necessitam de uma quantidade de proteína elevada, devendo a fonte de proteína de elevado valor biológico.

Por serem cães de grande porte e, normalmente, bastante ativos, necessitam de uma grande ingestão calórica.

Deve também optar por ração natural para cães uma vez que têm, normalmente, uma qualidade nutricional maior.

Estas rações contribuem, indiretamente, para a manutenção do pelo e pele saudável e para a prevenção de doenças a longo prazo.

Para além disso, conferem uma maior digestibilidade à ração, sendo mais fácil para o patudo aproveitar todos os ingredientes da ração.

Patologias do Dogo Argentino influenciadas pela alimentação

Os exemplares desta raça apresentam predisposição para várias doenças, nomeadamente displasia da anca, uma doença comum em cães de maior porte.

É importante que comam uma ração para cães grandes, tanto pelas características nutricionais como pelo tamanho do grão.

Um grão de tamanho grande evita que engulam a comida sem mastigar.

A suplementação com cálcio e fósforo não está recomendada em nenhuma fase da vida destes cães,.

Especialmente em cachorros excesso destes nutrientes pode causar alterações musculoesqueléticas.

Assim, escolha rações de boa qualidade, premium, que satisfaçam todas as necessidades do seu Dogo Argentino.

Evite os suplementos, em condição normal, a não ser que recomendados pelo seu veterinário, em situações especiais.

Opte por rações enriquecidas com condroprotetores para auxiliar na manutenção articular.

Alimentação em cada etapa da vida do Dogo Argentino

A alimentação do Dogo Argentino e a forma como se alimenta varia nas diferentes etapas da sua vida.

Cachorros

Enquanto são cachorros, e até às 6 a 8 semanas de idade, devem alimentar-se de leite materno.

Posteriormente, começam a fazer a introdução dos sólidos, passando para uma ração para cachorros.

Enquanto cachorros têm um metabolismo rápido, queimam energia a um ritmo elevado, por isso precisam de maior aporte de calorias, devendo a ração ser mais energética.

Exigem também uma alimentação com maior percentagem de cálcio e fósforo, de gordura, proteína e hidratos de carbono, para terem a energia extra que necessitam e um crescimento adequado.

Cães de porte grande como os exemplares desta raça devem comer uma ração de cachorro até por volta dos 24 meses.

Entre os 2 e os 3 meses podem fazer cerca de 4 refeições, passando posteriormente para 3.

Adultos

Na idade adulta, as necessidades energéticas diminuem, e a ração deve conter mais gordura do que hidratos de carbono de forma a manter os patudos saciados durante mais tempo.

A partir dos 10 meses e durante a idade adulta basta que façam 2 refeições diárias. Devem ter água sempre à disposição.

Sénior

A partir dos 7 anos, sensivelmente, passam a ser considerados cães seniores e portanto passam a ter necessidades nutricionais diferentes.

Necessitam de menos energia e menos gordura, pois tornam-se mais sedentários e o seu metabolismo também diminui.

Beneficiam também nesta fase de rações com antioxidante, ácidos gordos essenciais e protectores articulares.

Patrícia Azevedo

Médica Veterinária


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