A reação de um animal perante as mais diversas situações depende sempre da sua personalidade, do ambiente que o envolve, do período de socialização enquanto cachorro e do estilo de vida que habitualmente leva. Os sinais mais frequentes de que algo não está a agradar o seu animal passam por colocação da cauda entre as patas, sialorreia (babar-se em excesso), lamber os lábios em excesso, colocar as orelhas para trás, arfar e desviar o olhar.
Mas quais as principais causas de medos em cães?
- Fogo de artificio: Talvez o medo mais comum e mais reconhecido pelos tutores. O ruído extremo associado a estímulos visuais intensos aos quais eles não estão habituados, deixam a maioria dos patudos em pânico. Sempre que esse evento é previsível, devemos protegê-los dentro de casa, colocar sons agradáveis para eles e fornecer-lhes locais para se esconderem. Em casos extremos há medicação que pode ser dada, informe-se junto do seu médico veterinário habitual.
- Viagens de carro: Se o patudo for já adulto e nunca tiver sido habituado, as viagens de carro podem ser eventos assustadores para um cão, até porque normalmente, são feitas para o levar ao veterinário. Assim, é muito importante que habitue o seu animal a andar de carro desde pequeno e que associe essa experiência a algo positivo, dando biscoitos ou brincando com ele durante a viagem e utilizar o carro para se deslocarem para atividades que sejam do agrado do seu patudo (ida ao parque ou à praia por exemplo).
- Estranhos/crianças: o contacto com pessoas diferentes do dia a dia pode ser também uma experiência assustadora para o seu patudo. As crianças, principalmente, devido à sua abordagem efusiva podem assustar o animal. Assim é muito importante que durante o período de socialização o animal contacte com várias pessoas diferentes e não apenas o núcleo familiar, bem como com crianças.
Existem ainda outras situações que podem assustar o seu animal, por exemplo ambulâncias, visitas ao veterinário, contacto com outros animais, entre outras. De um modo geral, o mais importante é que o habitue desde cachorro ao máximo de estímulos diferentes possível, que o recompense quando reage de uma forma calma e equilibrada e que nunca o force/obrigue a fazer algo que ele não quer, através da força, pois isso só vai intensificar o seu medo.
Ana Cláudia Gonçalves
Médica Veterinária de Animais de Companhia
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