O meu cão está a sangrar do nariz: o que poderá ser?

Existem várias causas que podem originar o sangramento nasal (epistáxis), desde infeções leves a problemas mais graves como massas ou mesmo problemas de coagulação. A epistáxis é um sinal clínico que pode indicar um processo grave e por isso o animal deve ser observado pelo veterinário assim que possível.

O que pode levar então o meu cão a sangrar do nariz?

  • Trauma
  • Se o animal embater com a zona do nariz em alguma superfície dura pode causar uma ferida intranasal e isso provocar o sangramento.
  • Corpo estranho
  • É muito comum na altura da Primavera muitos cães terem problemas por causa das praganas. São espigas secas pontiagudas que conseguem entrar facilmente em orifícios corporais dos nossos canídeos, como as narinas ou ouvidos. Quando entram para dentro das narinas usualmente provocam ao animal espirros contantes muitas vezes com sangue!
  • Infeção
  • Alguns agentes patogénicos podem desenvolver-se no trato respiratório superior dos nossos animais e quando a infeção está bastante avançada pode originar sangramento nasal. Os agentes podem ser bactérias, parasitas ou mesmo fungos.
  • Massa/ nódulo nasal
  • Umas das causas mais comuns de sangramento em cães é o aparecimento de massas dentro dos conductos nasais ou em zonas mais interiores do tracto respiratório superior ou mesmo no crânio. Usualmente são tumores malignos e o seu diagnóstico nem sempre é fácil.
  • Alterações de coagulação
  • Todos os canídeos com patologias que afetem o seu sistema de coagulação podem ter sangramentos em várias zonas do corpo, e as narinas são um desses locais.

Como pode ser feito o diagnóstico?

Muitas vezes é difícil observar de forma completa as narinas dos cães, pois é um local muito sensível para eles e onde eles não gostam do toque.

Habitualmente para um bom exame o canídeo deve ser sedado e numa primeira abordagem é feita uma observação. Caso não seja suficiente, poderá ter que ser feita posteriormente uma rinoscopia ou mesmo uma tomografia para se conseguir observar o trato respiratório superior na totalidade.

Outros exames podem ser realizados em casos de suspeita de doença sistémica, como análises sanguíneas, radiografias, ecografia abdominal, entre outros.

Inês Santos

Médica Veterinária


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