A esterilização é um procedimento rotineiro e simples, que consiste na remoção do útero e dos ovários, no caso das fêmeas, e na remoção dos testículos, no caso dos machos. As complicações são pouco frequentes, mas, por vezes, acontecem.
Deiscência da sutura
A deiscência da sutura diz respeito a um atraso da cicatrização. O período de cicatrização expectável é de cerca de 10 a 15 dias após a cirurgia. Os motivos que podem estar associados ao atraso da cicatrização são, lambedura da sutura, falha na desinfeção diária dos pontos e reação adversa aos fios de sutura. Outra causa menos frequente é a presença de patologias subjacentes que levem a uma diminuição das defesas do animal, tornando a cicatrização menos competente.
Aumento de peso
Após a esterilização, o metabolismo do seu cão ficará mais lento. Contudo, o aumento excessivo de peso só acontecerá se não ajustar a alimentação do seu patudo. Nestes casos, é recomendada uma dieta com menor teor de gordura e uma fonte proteica de boa qualidade. Para evitar esta complicação, é igualmente importante manter o seu melhor amigo ativo, com passeios regulares, por exemplo.
Alterações comportamentais
Alterações comportamentais marcadas são pouco frequentes. No entanto, pode notar que o seu melhor fique mais calmo e tranquilo. No caso dos machos, ocorre uma diminuição dos comportamentos territoriais e de agressividade, tornando-os menos aptos para serem cães de guarda.
Incontinência urinária
A incontinência urinária é uma complicação que pode acontecer, principalmente, nas fêmeas. Apesar de pouco frequente, a evidência científica comprova que existe esse risco, sendo mais acrescido em fêmeas esterilizadas com menos de 6 meses. Deste modo, deve considerar a esterilização da sua patuda entre os 6 e os 12 meses de idade, de acordo com a indicação do médico veterinário.
Sara Alves
Médica Veterinária de Animais de Companhia
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