Os passeios com o seu cão pela praia, junto do mar, podem ser bastante divertidos. Existe um Mundo novo para explorar e conhecer, desde a areia às ondas, que chamam a atenção do seu patudo!
Os cães são muito curiosos e gostam de ter experiências novas, o que requer alguma atenção da parte do tutor para que tudo corra bem.
Além de quererem nadar e divertir-se na água salgada, alguns cães acabam por ingeri-la. Existe problema?
Assim como acontece com as pessoas, a ingestão de pouca quantidade de água salgada, geralmente, não acarreta nenhuma complicação. Pelo contrário, ingestão de volumes maiores conduz a um desequilíbrio eletrolítico pela elevada concentração de sódio que existe na água do mar. O cão pode vivenciar confusão mental, letargia, tremores, vómitos ou até mesmo convulsões, existindo necessidade de ser avaliado urgentemente pelo Médico Veterinário.
Em alguns casos, se a água salgada estiver contaminada, dão-se episódios de intoxicação com vómito e diarreia, que requerem também tratamento adequado. As algas presentes na água salgada, mesmo as microscópicas que não conseguimos ver a olho nu, podem libertar toxinas e tornarem-se perigosas se ingeridas.
Tudo deve ser vigiado pelo tutor! Nunca deixe o seu cão matar a sede com água do mar! Leve sempre consigo água potável, preferencialmente fresca, nos passeios pela praia, de forma a manter a hidratação do seu patudo constante!
Pelo outro lado, existem já alguns tratamentos Médico-Veterinários considerados benéficos recorrendo à água salgada de origem controlada. A eficácia da água do mar deve-se à sua diversidade de nutrientes e demonstrou-se em casos de problemas gastrointestinais, respiratórios e até oncológicos.
Como qualquer outro tratamento, a terapia com recurso a água do mar, deve ser supervisionada e controlada pelo Médico-Veterinário. É importante respeitar a opinião e indicações do especialista Veterinário para obter o maior sucesso 🙂
Ana Matias
Médica Veterinária
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