O que é Leptospirose?

O que é Leptospirose?

Que animais estão mais predispostos a ter leptospirose?

Animais que tenham contacto com ratos que circulem em ambientes sem higiene têm maior probabilidade de serem contaminados, uma vez que os ratos são frequentemente portadores da bactéria patogénica. O aparecimento da doença é mais comum em animais outdoor, bem como em animais não vacinados.

Como suspeitar de Leptospirose no cão?

Os sinais clínicos iniciais podem passar por anorexia, febre (aprenda aqui como identificar os sinais), depressão e mucosas pálidas a ictéricas. A sintomatologia na maioria dos casos prende-se com falha renal aguda, mas também pode surgir alteração hepática e pulmonar provocadas pela replicação das bactérias e consequentes toxinas libertadas.

O diagnóstico é feito com base em todos os sinais clínicos e resultados de exames complementares (análises de sangue, urina e imagem ecográfica). Para identificação da patologia, deve ser realizada a medição de anticorpos sorológicos contra a leptospira (através do sangue). Contudo, o diagnóstico preciso para confirmação da existência de leptospiremia é feito recorrendo à identificação através de PCR, um meio de diagnóstico bastante específico.

É necessária hospitalização?

Um cão com suspeita de leptospirose deve ser internado para a realização de exames complementares, início de fluidoterapia e instituição de medicação. O tratamento passa pela administração de antibióticos, que, na fase inicial, devem ser administrados em meio hospitalar, até porque o animal vai precisar de tratamento de suporte para que seja diminuído o dano renal e hepático. Numa fase mais avançada do tratamento, e quando já são visíveis melhoras clínicas, o animal tem alta hospitalar e prolongará o tratamento antibiótico em casa, por via oral.

Em casa, e durante o período em que o cão ainda se encontra a fazer tratamento, os tutores devem utilizar luvas na manipulação da urina do animal e devem desinfetar diariamente os locais utilizados pelo cão.

A leptospirose é uma doença possivelmente mortal?

A leptospirose é uma doença infeciosa que pode levar à morte, consoante a gravidade da infeção, a imunidade do animal afetado e a subespécie da Leptospira que está a provocar a infeção. Contudo, em casos em que a detecção da doença é feita com brevidade e o tratamento é eficazmente instituído, as melhoras são significativas e o cão mantém uma vida normal após o episódio de doença.

A importância da prevenção

Dado o potencial zoonótico da leptospira (transmite-se aos humanos), é aconselhado que se mantenha o protocolo vacinal em dia. A vacina pode ser realizada a partir dos 2 meses e mensalmente até aos 4 meses. Posteriormente é realizada a vacinação apenas uma vez por ano ou, em zonas onde a prevalência da doença é maior, pode ser recomendada a vacinação de 6 em 6 meses. Existem diferentes tipos de vacinas para a leptospira, sendo que a diferença entre elas, regra geral, é o número de subtipos da bactéria contra as quais as vacinas são eficazes. Na altura da vacinação, o Médico Veterinário decidirá qual o risco de infeção associado a cada animal e optará juntamente com o tutor pelo protocolo vacinal mais adequado.

É importante respeitar visitas regulares ao Médico Veterinário para checkup para detecção precoce de problemas.

Além disso, a implementação de uma alimentação cuidada com ração de boa qualidade, baseada em ingredientes naturais, é uma ajuda extra para o sistema imunitário do cão sair fortalecido!

Daniela Leal
Médica Veterinária de Animais de Companhia


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