Em que consiste a motilidade gastrointestinal?
Entende-se por motilidade gastrointestinal os movimentos naturais dos músculos dos órgãos do sistema digestivo (desde o esófago até ao intestino). Esse movimentos são contrações que permitem a correta progressão do alimento ao longo do seu trajeto durante a digestão.
A digestão dos alimentos depende de uma motilidade gastrointestinal adequada, para que ocorra uma absorção correta de nutrientes. Assim, qualquer alteração ou doença que reduza a digestão ou a absorção de alimentos, ou altere a sua passagem pelo trato digestivo pode ser chamado de distúrbio digestivo. A sua maioria afeta a capacidade do estômago e/ou intestino para se contrair, sendo considerada distúrbio da motilidade gastrointestinal.
Que sinais apresenta um cão com distúrbio de motilidade gastrointestinal?
- Vómito
- Regurgitação
- Flatulência
- Diarreia
- Dificuldade a defecar (tenesmo)
- Perda de apetite (anorexia)
- Perda de peso
- Dor abdominal
- Sangue ou muco nas fezes
Quais as causas de um distúrbio de motilidade gastrointestinal?
São variados os motivos que podem estar por detrás de um distúrbio de motilidade, desde:
- Doenças infeciosas (bacterianas, víricas ou parasitárias)
- Doenças inflamatórias (IBD – Doença Inflamatória Intestinal Crónica)
- Sensibilidade ou alergia alimentar
- Intolerância alimentar
- Tumores (benignos ou malignos)
- Torção e/ou dilatação gástrica (mais comuns em raças de grande porte, como por exemplo, Dogue Alemão, Dog de Bordeux)
- Corpos estranhos (brinquedos, elásticos de cabelo, rolhas, pedras…)
Qual o tratamento?
Dado que existem diversos fatores que influenciam a motilidade gastrointestinal, o tratamento depende de cada um deles.
Se o seu cão apresenta algum dos sintomas referidos anteriormente, deverá procurar ajuda Médico-Veterinária para uma correta avaliação do patudo e diagnóstico.
Os tratamentos passam por diversas medidas, desde alteração da ração, antibioterapia e até mesmo cirurgia!
O prognóstico depende também da causa primária, podendo variar de bom a extremamente grave! Por isso, lembre-se: não desvalorize nenhum sintoma do seu cão!
Ana Matias
Médica Veterinária
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