Parvovirose: tratamento e prognóstico

Como se transmite a Parvovirose?

Há uma variedade imensa de fatores de risco que podem aumentar a susceptibilidade do cão ao parvovírus, no entanto, é quase sempre transmitido através de:

  • Contacto direto com um animal infectado
  • Contacto indireto por fezes contaminadas (transmissão feco-oral) – elevadas concentrações de vírus são encontradas nas fezes dos cães portadores/infectados. Portanto, quando um cão saudável, em passeios encontra fezes de outros cães infectados, pode contrair a doença! O vírus pode sobreviver no meio ambiente (solo) durante mais de um ano, é bastante resistente a mudanças de temperatura e a praticamente todos os desifetantes.

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Atenção! Nós também podemos ser fonte de contagio para o nosso cão! Por isso é  mesmo importante não usar os sapatos da rua dentro de casa, pois estamos constantemente a pisar zonas que poderão estar infectadas, principalmente se temos em casa cachorros sem o plano vacinal atualizado.

Quais são os sinais de aviso para suspeitar de parvovirose?

Os sinais mais comuns de parvovirose são:

  • Diarreia líquida com sangue
  • Letargia
  • Anorexia (Não tem apetite nenhum)
  • Febre / Hipotermia
  • Vómitos
  • Perda de peso acentuada e rápida
  • Dor abdominal

Estes sinais clínicos são graves e caso o seu patudo demonstre algum deles deve deslocar-se o mais rápido possível ao médico veterinário habitual.

O Parvovírus afeta a capacidade do organismo em absorver os nutrientes que precisa,

Portanto será de esperar que um cachorrinho rapidamente fique desidratado e fraco. Costuma ser um processo muito rápido (em menos de  24 horas podem ter um agravamento do seu estado geral).

A parvovirose pode ser tratada?

Sim! No entanto, como se trata de uma doença vírica, um medicamento específico para o parvovirus.

O tratamento é sintomático, ou seja, é administrada medicação de acordo com os sinais clínicos apresentados.

É necessário também um tratamento de suporte com fluidoterapia e hospitalização.

As medicações usadas passam por:

  • Anti-émeticos (tratamento da naúsea e vómitos;
  • Protectores gástricos;
  • Antibióticos (prevenção de infecções secundárias ou tratamento de septicémia (em casos mais avançados);
  • Analgésicos (para que os patudos estejam o mais confortáveis possível e sem dores).

Qual é a taxa de sobrevivência desta doença?

Em cães tratados a nível hospitalar, a taxa de sobrevivência é aproximadamente de 70% – dependendo, claro, da gravidade de cada caso clínico.

Mesmo assim, a morte está quase sempre associada a uma desidratação severa, infecções bacterianas secundárias, toxinas ou mesmo a hemorragias gastro-intestinais.

É importante saber também que, caso haja recuperação total, os patudos não deixam de ser portadores da doença, podendo excretar o vírus pelo menos durante 2 meses após a sua recuperação.

O prognóstico é pior quanto mais jovem for o cachorro, pois o seu sistema imunitário não é menos competente.

Como posso prevenir?

A vacinação é a melhor forma de prevenção! Por isso, evite passear os cachorros em zonas públicas antes de terem completado a vacinação das doenças infeto-contagiosas! Conheça aqui o plano vacinal para cães.

Manter o ambiente em que os cachorros vivem higienizado é também uma forte ferramenta de proteção.

Além disso, cuidados veterinários regulares, desparasitações atualizadas e alimentação de boa qualidade ajudam a proteger os nossos melhores amigos de doenças 🙂

Na Barkyn temos ração adaptada às necessidades individuais do seu patudo. Encontre aqui ração personalizada para o seu cachorro.

Ana Pinto

Médica Veterinária de Animais de Companhia


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